Descansei alguns dias com a minha família e confesso que o desafio de transformar a cultura brasileira voltada para empatia, educação, não é para amadores.
Estava aguardando para entrar em um determinado parque aquático e de repente chegou uma família.
A mãe gritava os nomes das crianças para chamá-las a atenção. O que, segundo o meu ponto de vista, já gera o repasse educacional, se a “mãe” grita com as crianças, logo as crianças gritam com quaisquer pessoas.
Neste mesmo momento esta pessoa, sem o menor nível de “semancol”, começa a gritar com os familiares e vice-versa – o gritar se entende como conversar. Portanto, já é algo enraizado na família, algo absolutamente normal.
Na sequência, ela tentou expressar algo em inglês “macarrônico”, olhando para todos os demais da fila explicando para o filho como cortar a fila entre palavras mal faladas em português e inglês. Acabei lembrando de um ex-diretor que dizia: “analfabetos em duas línguas”.
Baixando ainda mais o nível, houve a tentativa de passar a minha frente na fila. Claro que neste momento não me contive e disse: “ainda bem que existe fila”. E, com a educação peculiar que vocês já devem imaginar, me responde: “eu não o vi” e mais um ensinamento ficou para as crianças: vale tentar enganar e se não conseguir minta.
Tudo isto aconteceu em um intervalo de apenas 20 minutos. Quem dirá o que estão passando de geração em geração?
Isto reforçou ainda mais uma crença que acompanho ao longo de muitos anos: “o exemplo arrasta” e neste caso para o mau caminho, infelizmente.